Muito já se falou da poluição dos actuais modelos de aeronaves, agora, inovadores e empresas de tecnologias poderão entrar ao campo de acção, colocando no ar aparelhos movidos à hidrogénio, o que poderá ter um grande significando quer a nível ambiental e comercial.
Climate Impulse, assim se chama a missão que “será a prova viva de que podemos fazer melhor com menos”, segundo seu inventor Bertrand Piccard, de acordo com a revista Innovators. Uma proeza que será possível numa parceria entre o explorador suíço e o engenheiro Raphaël Dinelli, que permitirá o desenvolvimento de um avião movido a hidrogênio que fará a volta ao mundo, sem escalas, zero emissões.
A aeronave fará a viagem por nove dias e tem a intenção de inspirar iniciativas climáticas. Piccard foi o primeiro a realizar um voo de balão sem escalas no mundo, em 1999, e quer repetir o feito quase trinta anos depois, em 2028, com o novo equipamento.
O avião levará dois anos para ser construído e os voos de teste estão previstos para entre 2026 e 2027.
Este é mais um avanço na corrida por soluções alternativas aos actuais modelos de transporte aéreo com alto nível de poluição por uso de combustíveis fósseis. Em 2023, uma start-up francesa anunciou o lançamento de um “Dirigível” movido a energia solar e hidrogênio que fará uma volta ao mundo em 2026. O voo de 20 dias será e sem escalas, percorrendo 40.000 km, no sentido ocidente-oriente.
O aparelho denominado Solar Airship One possui 151 metros de comprimento que serão preenchidos por 50.000 m³ de gás hélio. Dois tipos de fontes irão abastecer o seu sistema de propulsão: durante o dia, a energia solar, que preencherá quase 5.000 m² na parte superior da aeronave, e de noite, o hidrogênio será utilizado para alimentar uma célula de combustível.
Já lá vão dez anos que o projecto está em desenvolvimento, sendo que nos últimos três anos está a ser aperfeiçoado com o envolvimento de uma empresa de tecnologia, de acordo com a Euro Airship.
O querosene é o principal combustível utilizado por a realização das viagens de avião. Sua queima dá origem a diversos poluentes perigosos que contribuem com o aquecimento global, como o monóxido e o dióxido de carbono, os hidrocarburetos gasosos e os óxidos de nitrogênio.