As barragens e reservatórios em todo o mundo são uma fonte subestimada de metano. Agora, novas empresas querem capturar esse gás como fonte de energia.
Muitas vezes consideradas como uma das formas mais antigas de energia renovável, as barragens hidroeléctricas e as suas albufeiras são responsáveis pela libertação do equivalente a quase mil milhões de toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera (com grande parte destas emissões de gases com efeito de estufa sob a forma de metano), à medida que a água se aproxima e depois se precipita através das turbinas que geram eletricidade. O metano é um gás com efeito de estufa que é mais de 80 vezes mais potente do que o dióxido de carbono durante um período de 20 anos, mas também se decompõe mais rapidamente na atmosfera do que o CO2.
Estas emissões ocultas significam que a hidroeletricidade talvez não seja tão limpa como parece à primeira vista.
A razão é que não é só a água que passa pelas turbinas – muitos gases com efeito de estufa dissolvidos também passam por elas. Tal como o dióxido de carbono se dissolve na nossa água com gás sob pressão, também o gás metano se dissolve em grandes massas de água sob certas condições.
A Bluemethane, está a desenvolver tecnologia que capta metano de massas de água como reservatórios e estações de tratamento de esgotos. O metano é o principal componente do gás natural fóssil e pode ser queimado como recurso energético.
A tecnologia poderá capturar bolhas de metano à medida que estas sobem à superfície, canalizando-as para serem recolhidas e utilizadas como fonte não fóssil de biogás.
A comercialização da tecnologia Bluemethane já está em teste na United Utilities, uma empresa de águas do noroeste do Reino Unido.