“Madala Vaku Niassa”, a obra monumental de um elefante em tamanho real é o resultado do talento artístico que se junta à paixão pela natureza, a missão de proteção e preservação da vida selvagem, e da promoção da convivência pacífica entre o Homem e animais bravios.
Vem da Reserva Especial do Niassa a maior área protegida de Moçambique e um dos últimos bastiões da vida selvagem na África Austral, o “Madala”, o elefante em tamanho real feito de lã e de ferro. Grande parte dos materiais provém da caça furtiva.
A obra é coberta por uma pele multicolorida, tricotada com lã, para contar a história de resiliência das mulheres que a fabricaram e da diversidade de um mundo natural luxuriante. Um trabalho que vem para mudar o imaginário popular e reconciliar o homem e a vida selvagem.
Paula Ferro, bióloga, e Derek Littleton, director da Fundação Lugenda e da concessão Luwire, ambos envolvidos na proteção da Reserva Especial do Niassa, decidiram pôr os seus talentos artísticos ao serviço do projecto de construção de uma obra de arte que também chama atenção para os problemas da caça furtiva.
A estes dois, juntou-se, em 2023, o escultor francês Jules Pennel e mais de 50 membros das comunidades locais.
Esta obra de arte mostra o que está em jogo na luta contra a caça furtiva e para sensibilizar homens e mulheres para a importância da proteção dos ecossistemas e dos grandes animais selvagens.
Através de «Madala» procura-se mobilizar os homens e as mulheres da reserva e lhes permitir adquirir novas competências e oportunidades alternativas de rendimento ao mesmo tempo que cumpra o objectivo de ligar a arte à proteção do ambiente.
A obra pode ser contemplada em instalação patente no Centro Cultural Franco-Moçambicano, a partir do dia 4 de Julho até 3 de Outubro, altura que poderá ser vendida para angariar fundos para uma escola de artes e ofícios.