O festival BLACK LAND: RED LAND — RESTITUTE aproveitará o acervo dos Museus Egípcios de Berlim e Turim num programa de música, arte, palestras entre outras actividades.
O tema da restituição e Sakhmet, a deusa egípcia do sol quente do deserto, são os pontos focais do festival, que acontecerá no verde silencioso de Berlim, no Kunstquartier Bethanien, no Palais am Festungsgraben e em espaços públicos.
Os artistas e performers participantes incluem Yara Mekawei, Hani Mojtahedy, Cevdet Erek, Attila Csihar, Lea Draeger e Houaïda.
Todas as obras do programa “tratam de histórias” – em alguns casos do antigo Egipto – e da sua “mediação para o presente”, explicou a diretora artística e curadora do BLACK LAND , Elena Sinanina.
O ‘BLACK LAND’ surgiu em 2022 e baseou-se na situação dos artefactos ou heranças egípcias ‘antigas’ em coleções de museus europeus, os seus significados e proveniências.
A curadora explica que o festival deste ano pretende discutir os temas do projeto tanto artística como discursivamente com base no tema principal da restituição. Parece-me que precisamos hoje mais do que nunca de um intercâmbio conjunto sobre as complexidades do tema.
O festival acontecerá em Berlim, de 21 a 28 de dezembro no Studio 1 no Kunstquartier Bethanien, em cooperação com Kunstraum Kreuzberg. No centro das discussões do festival no Kuppelhalle do Silent Green estará um exame internacional, historicizante e crítico das posições (físicas, conceituais e fenomenais) que as organizações e artefactos culturais – ambos aqui entendidos como entidades – ocupam dentro do discurso cultural, espiritual e político mais amplo. Isto será acompanhado por um diálogo intercultural sobre a complexa gama de significados associados às entidades em discussão.