Com curadoria do arquitecto somali Omar Degan, em colaboração com a Associação de Arquitectura do Quénia, a Bienal Pan-Africana de Arquitectura, a acontecer em Nairobi, posiciona o continente como um lugar vital de inovação, resiliência e cultura.

Kenyatta International Convention Centre Nairobi por Karl Henrik Nostvik
Sob o tema “Mudando o Centro – da Fragilidade à Resiliência: Reivindicando a Arquitectura e o Futuro de África”, a Bienal visa proporcionar uma plataforma para diálogos contemporâneos críticos que moldam a posição económica e cultural global do continente. Busca reafirmar a África — e Nairóbi em particular — como um espaço onde influências tradicionais, modernas e futuristas se cruzam. O evento também destacará os desafios e oportunidades impostos pela urbanização, mudanças climáticas e transformação econômica nas cidades africanas em rápida evolução.
A Bienal espera receber arquitetos, designers, urbanistas e formuladores de políticas de todas as 54 nações africanas e da diáspora que vão se engajar em um importante diálogo sobre os desafios e oportunidades da urbanização, mudanças climáticas e transformação econômica nas cidades em rápido crescimento da África.

“A bienal oferece um espaço para a África se recentralizar no discurso arquitetônico global — não como um observador periférico ou um receptor passivo, mas como uma força geradora por trás de práticas sustentáveis, equitativas e culturalmente fundamentadas. Ela marca uma transformação na forma como a arquitetura africana é concebida e produzida — ancorada em sistemas de conhecimento indígenas, metodologias inventivas e design orientado pela comunidade”, indica o manifesto para a Bienal Pan-Africana de Arquitectura.
De Eduardo Quive