“Corpo de corpos”: ficção futurista em espectáculo de New Kids 2025

“Corpo de corpos” é o tema do espectáculo New Kids marcado para 18 de dezembro, em Maputo. Mais do que uma ficção futurista, o espetáculo é um manifesto emocional: questiona o limite entre sentir e programar, entre existir e funcionar, segundo o director artístico, Panaibra Canda.

Projecto de residência criativa de Maputo Fast Forward, New Kids reúne jovens proeminentes na cena artística moçambicana, ampliando o conceito de criação artística à inovação tecnológica, demonstrando o poder da interdisciplinaridade quando se junta ao talento e a irreverência juvenil.

Para o palco está em preparação a performance que aprofunda a relação da humanidade com a ciência e a tecnologia, numa reflexão através da arte, sobra o que sobra depois que as máquinas “invadiram” o habitat natural das pessoas.

Corpo de Corpos nasceu da vontade de compreender o que resta de humano num mundo cada vez mais programado. Não é uma peça sobre máquinas, mas sobre emoções, sobre o gesto, o olhar e a presença que resistem ao tempo. Cada artista trouxe o seu corpo como ferramenta e memória, e juntos criámos um espaço onde tecnologia e sensibilidade se encontram. Acredito que o corpo, mesmo ferido ou mecanizado, continua a ser o lugar da verdade. E se, ao final, o público sentir algo, ainda que um breve silêncio dentro de si, então o espetáculo cumpriu o seu propósito: lembrar que ainda somos feitos de carne, memória e luz.” Afirma o director artístico de New Kids Panaibra Canda.

Desde 2022 que New Kids foi criado com a ideia de potencializar o talento de jovens artistas, impulsionar as suas carreiras, através da formação, colaboração e atribuição de ferramentas complementares para a profissionalização e sustentabilidade do trabalho artístico.

Se nas duas edições anteriores – 2022 e 2023 – o projecto consistiu na criação de um musical, neste ano a diversidade do elenco da turma de criativos promete levar a experiência para algo que transcende um género artístico.

Escrito por: Eduardo Quive

Artigo por

Elisa Chauque

Dezembro 9, 2025

Artigos relacionados

“Num piscar de olhos” fez-se o maior festival de arte luminosa do mundo

Yassmin Forte no Imago Lisboa Photo Festival

Museu Virtual de Objectos Culturais Roubados já está pode ser visitado

“Menino, não fala política”: Luís Santos reflecte o caos em exposição na Cidade do Cabo 

Vinte artistas africanos expõem o poder da mulher no Museu de Frankfurt

Mário Macilau na ART X Lagos 2025

Kinani – Bienal de dança contemporânea leva mais de 25 espectáculos para Maputo

Bienal de Lagos anuncia “A construção de uma Capital Africana da Cultura”